segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Criolipólise: não é milagre, é tecnologia.

A partir de estudos e observações de médicos cientistas da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, foi desenvolvida a criolipólise.


A palavra CRIOLIPÓLISE significa (do grego) kryos, (gelo), lipos (substância gorda), e lise (dissolução). Então, é um procedimento de dissolução da gordura através do frio.


Na prática, funciona da seguinte forma: os aplicadores são acoplados à pele e através de uma leve sucção. A partir deste momento, o controle de temperatura eletrônico do aparelho que utilizamos inicia o processo de congelamento de forma gradativa. A sensação de frio é localizada e o tratamento é não apresenta maiores desconfortos. Uma manta cobre a região para proteger a superfície da epiderme. Após o tratamento, a superfície da pele pode ficar avermelhada e, em alguns casos, podem surgir hematomas leves. No entanto, logo o paciente pode voltar às atividades cotidianas.


A exposição à baixa temperatura por um longo período ocasiona o congelamento da parede das células de gordura, que se rompe e assim é eliminada pelo sistema linfático. As células de gordura são bem mais sensíveis ao frio do que os tecidos vizinhos. Desta forma, o resfriamento intenso e controlado age danificando seletivamente (e somente) as células adiposas, sem causar qualquer dano a nervos, músculos e outras estruturas próximas. Uma das grandes vantagens da criolipólise é que ela é a única que destrói a célula de gordura permanentemente. O nome desse fenômeno é apoptose. Os outros procedimentos que existem até hoje agem na célula de gordura fazendo lipólise ou necrose, nesses casos a gordura tende a voltar. A outra vantagem é não ser invasivo. Não necessita de corte, anestesia e agulhas, por isso também é chamada de “lipo sem cirurgia”.


Embora seja não-invasiva e muito seguro, o procedimento é contraindicado em pessoas que fazem uso de anticoagulantes, que tenham lesão na pele no local onde será congelado, pacientes com urticária ou algum tipo de doença relacionada ao frio, grávidas, entre outros casos que devem ser analisados na avaliação prévia.


Quanto às indicações, não é um tratamento para quem está muito acima do peso ou para casos de obesidade. O tratamento é uma opção para homens e mulheres que tenham gordura localizada em algumas regiões corporais, o famoso “pneuzinho” e é eficaz no combate daquela gordura incapaz de ser eliminada só com dieta e exercícios físicos. Exemplos disso são a papada, os braços, os joelhos, e a parte interna das coxas.


Embora seus benefícios já possam ser notados após uma semana da realização do tratamento, o ideal é se programar antes, já que o resultado completo leva até 90 dias para aparecer. Para resultados mais efetivos, após o procedimento sugerimos uso de cinta modeladora, drenagem linfática, alimentação balanceada evitando frituras, doces e bebidas alcoólicas.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Herz Entrevista: Patrícia Matte - Transtorno de Personalidade Borderline

Estamos trazendo um assunto delicado mas também relevante no que tange à saúde mental e relacionamentos interpessoais. O Transtorno de Personalidade Borderline é comum mas nem tão conhecido e traz sofrimento aos pacientes e às pessoas que se relacionam com eles. Por isso, vamos conversar com Patrícia Sehn Matte.
Patrícia Sehn Matte - psicóloga

Patrícia é psicóloga formada pela Universidade do Oeste de Santa Catarina e tem experiência em treinamentos empresariais e atendimento de todas as faixas etárias sob a abordagem cognitivo-comportamental.

Herz - Patrícia, o que vem a ser o transtorno Borderline?

Patrícia - Conforme o Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais, o Transtorno de Personalidade Borderline é um padrão de instabilidade que o indivíduo apresenta nos seus relacionamentos interpessoais. Essa instabilidade afeta a sua auto-imagem e afetos e também traz sofrimento para o paciente e pessoas próximas.

Herz - É um transtorno comum?

Patrícia - É bastante comum, mais de 2 milhões de casos por ano somente no Brasil, e é mais frequente em mulheres.

Herz - E como podemos identificar esse transtorno em nós mesmos ou nas pessoas próximas a nós?

Patrícia - Se existe muitas mudanças bruscas no humor do portador do transtorno, por exemplo: hora está feliz e alegre e já em seguida sente-se triste e infeliz. No entanto, a mudança de humor é apenas um dos sintomas que vemos facilmente, mas temos outros também:

  • Medo de ser abandonado. Há um esforço além do normal, pode-se dizer desesperado, para evitar o abandono real ou imaginário.
  • Comportamento impulsivo. Os relacionamentos interpessoais, principalmente os amorosos, tendem a ser instáveis, pois existem momentos onde a portador do transtorno idealiza o seu parceiro e já em seguida pode desvalorizá-lo.
  • Autodepreciação. Possui uma perturbação com relação a sua autoimagem, o portador muda frequentemente seus valores, seus objetivos e planos profissionais (não fica muito tempo no mesmo emprego, por exemplo).
  • Tendência à vícios, apresenta gastos exagerados com comida, sexo, abuso de substância, direção irresponsável e compulsão alimentar, como forma de superar a tristeza e vazio interior.
  • Costuma praticar gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento auto-mutilante, muitas vezes cortando-se com objetos como uma maneira de aliviar o seu sofrimento.
  • Mudanças de humor. Ansiedade, medo, insegurança que pode durar poucas horas ou alguns dias.
  • Vazio interior muito intenso e por isso também sente-se dependente da presença de outras pessoas.
  • Raiva intensa e desproporcional em várias situações e dificuldade de controlá-la. Pode levar a discussões e agressões físicas.
  • Costuma apresentar ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos. Têm sempre a sensação de que tudo vai terminar mal.
Entre os sintomas estão raiva e problemas com auto-imagem

Herz - Como é feito o tratamento?

Patrícia - Psicoterapia juntamente com acompanhamento de um psicólogo e também com acompanhamento com médico psiquiatra. Eventualmente é necessário o uso de medicamentos. A psicoterapia é fundamental para que o cliente consiga desenvolver habilidades que garantirão uma maior estabilidade emocional. O ideal é que esse acompanhamento com psicólogo acontecesse de forma semanal, pois assim o paciente aprenderá a eliminar ações que são prejudiciais e a si mesmo e as demais pessoas com a qual conviva.

Herz - Depois de feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, como podemos auxiliar a pessoa Borderline?

Patrícia - Devemos oferecer um ambiente familiar tranquilo e harmonioso. E quando desencadearem os sintomas no portador do transtorno ajude-o a se acalmar procurando dialogar, ao invés de discutir ou iniciar uma briga.

Herz - Há algo que desencadeie esse transtorno?

Patrícia - São vários os fatores que podem desencadeá-lo. A predisposição genética e também as experiências traumáticas, situações de abuso e negligência que portador possa ter vivenciado em sua vida. De qualquer forma, é importante não ignorar os sintomas, não julgar e não rotular a pessoa, e sempre buscar auxílio especializado.

Quem quiser saber mais detalhes sobre esse transtorno ou outras questões de saúde mental pode se inscrever no canal da Patrícia no YouTube e também seguir a sua página no Facebook.

A Patrícia atende semanalmente na Clínica Herz. Agende sua consulta!

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Herz Entrevista Gabriela Colling: Skinbooster - a fonte da juventude

Conversamos com a dra. Gabriela Colling, que é a nossa médica responsável, sobre um tratamento que veio para revolucionar a estética facial e tem sido chamado de fonte da juventude: o Skinbooster.

Herz - Dra Gabriela, o que é o Skinbooster? 
Aplicação do Skinbooster é feita com agulhas muito finas

Gabriela - São aplicações, através de injeções muito finas, de ácido hialurônico de baixa concentração combinada com outras substâncias.

Herz - Então pode se dizer que o Skinbooster é um preenchimento?

Gabriela - O Skinbooster não tem o objetivo de aumentar ou preencher. A sua ação está em provocar uma super hidratação, resultando uma pele mais jovem e com visual mais saudável.

Herz - Qual é a ação do Skinbooster?

Gabriela - Nós sabemos que a aparência jovem da pele dá-se pela sua hidratação. O uso de cremes ajuda, mas como só atingem a epiderme, não conseguem promover uma hidratação profunda e completa. Através da injeção do ácido hialurônico, provoca-se uma super hidratação de dentro para fora, porque ele "puxa" a água. Desta forma, a pele fica mais lisa e, conjuntamente, ele estimula a produção de novas fibras de colágeno.

Herz - Existe algum risco?

Gabriela - O Skinbooster não oferece riscos. O ácido hialurônico é uma substância produzida naturalmente pela pele e por isso também é minimamente invasivo. Desta forma, as dores e incômodos após a aplicação são muito reduzidas. De qualquer modo, é importante lembrar que esse é um procedimento médico e não deve ser feito sem avaliação prévia e somente aplicado por um médico responsável.

Herz - O Skinbooster é específico para o tratamento da pele do rosto? 

Gabriela - Não. Além da face, podemos aplicar em outras regiões que "entregam a idade", como o pescoço, o colo e o dorso das mãos.
Pontos onde pode ser aplicado

Herz - Para quem é indicado?

Gabriela - A principal indicação é para as peles maduras e desidratadas. Mas peles com cicatrizes de acne ou manchas do sol e olheiras também se beneficiam. Mas vale sempre lembrar que o objetivo principal é a hidratação - brilho, viço e maciez da pele. A suavização de linhas e rugas finas é apenas uma consequência, não o objetivo final.

Herz - Qual é a ação na pele?

Gabriela - Conforme vamos envelhecendo, a produção de ácido hialurônico vai se reduzindo, deixando a pele opaca, sem viço e maciez. O Skinbooster forma uma espécie de reservatório de longa duração, melhorando a elasticidade. A espessura da derme também aumenta e, consequentemente, a produção de colágeno, o que resulta em uma pele também mais firme. Por esse motivo também é chamado de "fonte da juventude".

Herz - E quanto aos resultados, são visíveis imediatamente?

Gabriela - Por ser um tratamento onde provocamos uma alteração de dentro para fora, o resultado final dá-se em torno de 30 dias após a aplicação. 

Herz - Quem faz Botox pode fazer Skinbooster?

Gabriela - Claro! Outros tratamentos podem ser feitos conjuntamente e muitas vezes otimizam e prolongam a ação. Além do Botox, podemos combinar o Skinbooster com peeling, por exemplo.

A dra Gabriela é médica responsável e atende medicina clínica e estética na Clínica Herz.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Herz Entrevista Roberta Nedel: A importância da autonomia na infância

No nosso Herz Entrevista de hoje vamos conversar com a Roberta Nedel, que é psicóloga e tem especialização em Psicologia da Criança e do Adolescente pela Unisinos. Vamos abordar um assunto que vem sendo muito discutido nos últimos anos, que é a importância da autonomia na infância.
Roberta Nedel - psicóloga

Herz – Roberta, quando os pais olham para os filhos veem bebês tão frágeis e totalmente dependentes. É normal querer superprotegê-los. Como fazer para que criem autonomia sem que lhes falte proteção?

Roberta – De fato, quando uma criança nasce, ela é dependente em tudo para sobreviver. Precisa de cuidados desde a alimentação até a higiene. Conforme vai crescendo, a sua dependência em relação aos pais vai diminuindo. A criança vai, naturalmente, se tornando mais autônoma. Ela vai imitando comportamentos, adquirindo competências e já vai conseguindo tomar pequenas decisões sozinhas.

Herz – Então, na verdade há uma inclinação natural ao indivíduo em criar a sua própria autonomia?

Roberta – Sim. Estabelecer-se como indivíduo é natural no ser humano. Mas é importantíssimo para o desenvolvimento desse indivíduo, enquanto criança, que ele seja estimulado a crescer e a aprender a fazer coisas que antes não conseguia realizar sozinho. Nesse momento também entra a importância da rotina, dos deveres e tarefas do dia-a-dia. Esses deveres devem ser ensinados (e até cobradas) para que a criança aprenda e desenvolva sua independência.

Herz – E de que modo os pais podem fazer isso?


Roberta - Uma das melhores maneiras de introduzir a criança nas tarefas é por meio daquilo que está mais perto dela no momento, ou seja, os brinquedos. Desse modo, estimular a guardar os próprios brinquedos, aprender a tirar sua própria roupa, comer sem o auxílio de adultos (mesmo que dê sujeira!), são habilidades a ser ensinadas desde bem cedo.

Herz – A partir de que idade podemos, por exemplo, pedir que guardem os brinquedos?

Roberta – Em geral, a partir dos dois anos e meio a criança já tem condições de compreender e executar tarefas simples, como guardar os brinquedos. Mas como cada criança é única, os pais devem respeitar suas limitações físicas e emocionais, além de supervisionar e elogiar. Conforme a criança for crescendo, pode ir assimilando e incorporando novas e mais complexas tarefas no seu dia-a-dia, como por exemplo arrumar sua cama, ajudar a pôr a mesa, arrumar a mochila da escola, regar plantas e ajudar a cuidar de um animal de estimação.

Herz – Isso vai se refletir na personalidade do indivíduo quando adulto...

Roberta – De fato, estas atividades possibilitam a construção da noção da responsabilidade, organização, cuidado, independência, regras e limites, que são tão importantes na vida em sociedade. A criança que tem um ganho de confiança, autoestima e segurança em relação às próprias capacidades torna-se um adulto mais confiante e seguro quanto às suas escolhas.

Herz – Alguns familiares muitas vezes fazem comentários tecendo comparações, por exemplo “a tua prima já toma banho sozinha!”, tentando estimular qua a criança assuma algumas atividades. Até que ponto um comentário desse tipo pode ajudar?

Roberta – É preciso ter cuidado com as comparações, pois nem sempre são saudáveis para as crianças. Nunca podemos esquecer que cada criança é única. Devemos respeitar a etapa do desenvolvimento no qual cada criança se encontra. Algumas crianças têm habilidades motoras mais precoces e outras desenvolvem mais a parte intelectual. O certo é comparar a evolução da criança com ela mesma e sempre estimular para que o desenvolvimento das suas habilidades aconteça de forma saudável, sem pressões. Estimular é bem diferente de pressionar!

Herz – Criar autonomia na criança seria deixá-la livre para ter atitudes e escolhas pessoais?


Roberta – Sim, em parte. É importante o desenvolvimento da capacidade de tomar decisões, ter suas escolhas pessoais sim. Mas também (e principalmente) entender e assumir as consequências dessas escolhas. Pelas atividades e responsabilidades diárias há o desenvolvimento da autonomia e, através da noção de que cada escolha tem uma consequência, se propicia o desenvolvimento da capacidade de resolver conflitos ao longo da vida.

Herz – Podemos dizer que há  uma linha tênue que separa a proteção e a superproteção?

Roberta – A criança precisa de proteção. Os limites, as regras e a rotina fazem com que ela se sinta segura e ciente de que existe alguém em quem elas podem confiar. Mas os pais precisam autorizar a criança para que ela vá experimentando, crescendo e se desenvolvendo. O estímulo é necessário para crescerem saudáveis, enfrentar os obstáculos e encontrar soluções por conta própria. Neste sentido, enquanto os pais executam tarefas, fazem escolhas e resolvem conflitos pelos filhos, acabam superprotegendo-os. Isso traz uma dificuldade maior da criança moldar o seu caráter e sua personalidade individual, impede que ela desenvolva seus próprios recursos internos para lidar com a vida ainda enquanto criança e, mais tarde, na vida em sociedade.

A Roberta atende semanalmente na Clínica Herz pacientes de todas as faixas etárias.

Criolipólise: não é milagre, é tecnologia.

A partir de estudos e observações de médicos cientistas da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, foi desenvolvida a criolipólise. ...